Havia cores nela. O literal é evidente, mas digo isso num sentido 'o pequeno príncipe' das coisas. Os tons das peculiaridades que somente a observação atenta revela, como se visse uma célula gigante, quase ameboide...Fui envolvido. É impossível ignorar quem fazia perguntas tão relevantes, como "nós suamos dentro da água?" e ainda sabia explicar etimologicamente que "solidão não é um sólido grande"...As cores arrancavam suspiros.
Cedo, lustrava ruidosa e vigorosamente sua caveira. Consumia uma escova por semana. Tinha orgulho do seu riso sofrido, dizia, enquanto franzia a cara toda para provar que o canino da direita era menos torto que o da esquerda, pois conseguia cerrá-los.
Gritava-me, enquanto eu aspirava a casa. Eu desligava a máquina: Chamou? Colhia silêncio. Ao ligar, gritava novamente. Exasperar-me era sua diversão.
Ainda demoro para terminar de limpar tudo. Paro renitentemente: Chamou? Esqueço que não está aqui...
Sentença de vida.
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