25 de março de 2015

Ismos

    Minha tentativa de viver segundo o que eu mesmo prego é quase sempre bem sucedida. Hipocrisia não combina comigo. Não sou leniente com outrem, mas o alvo principal do meu julgamento sempre será...serei eu. Mais fácil exortar-me ao bom caminho,  já que controlo minhas pernas. Na cartilha que sigo diariamente, preconizo uma solução 70-30 de otimismo e ceticismo. Essa sempre contaminada de fé e niilismo em alguns ppm. É o uso contínuo desse soro abstrato que faz-me afirmar, controversamente: todo 'ismo' é estúpido.
    Beira o impossível viver de acordo com os próprios planos, pois o acaso é inexorável, de humor questionável e com um suspeito gosto por sadismo. Afeta-me doloridamente quando vejo o mundo mais preocupado com a vida alheia que com a própria. Alcançaríamos tão mais se antes nos vigiássemos, em vez de sempre forçar nossas perspectivas aos olhos vizinhos.
    Tudo mascarado como ideologia, e formalizado por algum 'ismo', todas essas escondem a fraqueza de terem surgido da mente humana. Fantasiam-se de verdade absoluta,  ou de valor moral, conforme o número de adeptos. Nossa fé,  princípios,  valores...São dotados de sentido somente enquanto tivermos que nos validar ao próximo.  Pergunto-me o que aconteceria se todos adotassem como filosofia os dizeres "devo provar nada a ninguém "?

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